26/06/2011

"Sorte tem quem acredita nela"

Fernando Mendes
Não adianta um pé de coelho
No bolso traseiro
Nem mesmo a tal ferradura
Suspensa atrás da porta
Oh, o estrago é bem maior do que
Aquele da noite passada, oh
Pois toda sorte tem quem
Acredita nela
Pois toda sorte tem quem
Acredita nela
Não é preciso dizer a ninguém
Que darás recompensa
Não faça isso a muitos que
Gostam de criticar
Esperam a sorte sentados sem sair
Do lugar
Pois toda sorte tem quem
Acredita nela
Pois toda sorte tem quem
Acredita nela
Não adianta ir a igreja rezar e
Fazer tudo errado
Você quer a frente das coisas
Olhando de lado
O céu que te cobre não cobra a
Luz da manhã
Desperta pra vida, acredite,
A sorte é irmã
Não é preciso dizer a ninguém
Que dará recompensa
Não faça isso há muitos que
Gostam de criticar (criticar)

Esperam a sorte sentados sem sair
Do lugar
Oh, pois toda sorte tem quem
Acredita nela
Pois toda sorte tem quem
Acredita nela
Não adianta ir a igreja rezar e
Fazer tudo errado

Você quer a frente das coisas
Olhando de lado
O céu que te cobre não cobra a
Luz da manhã
Desperta pra vida, acredite
A sorte é irmã.

18/06/2011

Em defesa da língua francesa


Por Paula Lagarto (LUSA) –

Paris, 18 jun (Lusa) -- Várias centenas de pessoas participaram hoje, em Paris, numa marcha em defesa da língua francesa, após um apelo de 30 associações culturais e linguísticas que denunciaram a perda de influência do francês nas áreas diplomática e empresarial.

A marcha decorreu sob o lema "Minha pátria é a minha língua francesa", uma citação de Albert Camus, escritor nascido durante a colonização francesa da Argélia.

O percurso das várias centenas de pessoas partiu do Panteão para terminar junto ao Ministério do Ensino Superior e da Investigação, onde foi entregue uma carta à ministra Valérie Pécresse, acusada de "menosprezar a língua francesa".

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Para relembrar os tempos em que eu ministrava o Francês,rs:

Et si tu n'existais pas
Joe Dassin

Et si tu n'existais pas
Dis-moi pourquoi j'existerais
Pour traîner dans un monde sans toi
Sans espoir et sans regret
Et si tu n'existais pas
J'essaierais d'inventer l'amour
Comme un peintre qui voit sous ses doigts
Naître les couleurs du jour
Et qui n'en revient pas
Et si tu n'existais pas
Dis-moi pour qui j'existerais
Des passantes endormies dans mes bras
Que je n'aimerais jamais
Et si tu n'existais pas
Je ne serais qu'un point de plus
Dans ce monde qui vient et qui va
Je me sentirais perdu J
'aurais besoin de toi
Et si tu n'existais pas
Dis-moi comment j'existerais
Je pourrais faire semblant d'être moi
Mais je ne serais pas vrai
Et si tu n'existais pas
Je crois que je l'aurais trouvé
Le secret de la vie, le pourquoi
Simplement pour te créer
Et pour te regarder
Et si tu n'existais pas
Dis-moi pourquoi j'existerais
Pour traîner dans un monde sans toi Sans espoir et sans regret
Et si tu n'existais pas
J'essaierais d'inventer l'amour
Comme un peintre qui voit sous ses doigts
Naître les couleurs du jour
Et qui n'en revient pas.
..................................
(Tradução)
E se você não existisse
Diga-me por que eu existiria?
Pra vagar num mundo sem você
Sem esperança e sem lembranças

E se você não existisse
Eu teria que inventar o amor
Como um pintor que vê sob seus dedos
Nascerem as cores de um dia
E que não voltam mais

E se você não existisse
Diga-me por quem eu existiria?
Estranhas adormecidas em meus braços
Que eu não amaria jamais

E se você não existisse
Eu seria somente um ponto a mais
Neste mundo que vem e que vai
Eu me sentiria perdido
Eu precisaria de você

E se você não existisse
Diga-me como eu existiria?
Eu poderia fingir ser eu
Mas eu não seria verdadeiro

E se você não existisse
Eu creio que eu não teria encontrado
O segredo da vida, o porque
Simplesmente para te criar
E por te olhar

E se você não existisse
Diga-me por que eu existiria?
Pra vagar num mundo sem você
Sem esperança e sem lembranças

E se você não existisse
Eu teria que inventar o amor
Como um pintor que vê sob seus dedos
Nascerem as cores de um dia
E que não voltam mais

11/06/2011

Minha namorada/ Nós dois


Vinícius de Moraes

Se você quer ser minha namorada
Ai, que linda namorada
Você poderia ser
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ser
Você tem que me fazer um juramento
De só ter um pensamento
Ser só minha até morrer
E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarzinho
Essas histórias de você
E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber porquê
E se mais do que minha namorada
Você quer ser minha amada
Minha amada, mas amada pra valer
Aquela amada pelo amor predestinada
Sem a qual a vida é nada
Sem a qual se quer morrer
Você tem que vir comigo
Em meu caminho
E talvez o meu caminho
Seja triste pra você
Os seus olhos têm que ser só dos meus olhos
E os seus braços o meu ninho
No silêncio de depois
E você tem que ser a estrela derradeira
Minha amiga e companheira
No infinito de nós dois.
.....................................

Nós dois - Tadeu Franco / Composição: Celso Adolfo


E nós que nem sabemos quanto nos queremos
Que nem sabemos tudo que queremos
Como é difícil o desejo de amar

Você que nem me soube quanto eu quis
Que não coube, não me viu raiz
Nascendo, crescendo nos terrenos seus

Eu da janela olhando a lua, perguntando a lua
Onde você foi amar?

E nós que nem soubemos nos querer de vez
Estamos sós, laçados em dois nós
Um que é meu beijo o outro é o lábio seu

Não sei sair cantando sem contar você
Que eu sei cantar, mas conto com você
Que eu vou seguir, mas vou seguir você

Queria que assim sabendo se a gente se quer
Queria me rimar no seu colo mulher
Vencer a vida donde ela vier

Ganhar seu
Chegar no chegar meu
Dar de mim o homem que é seu

10/06/2011

Sacolas plásticas: Retire essa ideia!

"Dia desses, quando recusei a sacolinha plástica numa loja, ouvi da moça do caixa: mas como você faz com o seu lixo? Não foi a primeira vez que me perguntaram isso. A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" das sacolinhas é a embalagem do lixo. Tudo bem, não dá mesmo pra não colocar lixo em saco plástico, mas será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo? Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa (da pia, do banheiro, do escritório). Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção. No caso dos lixinhos da pia e do banheiro (absorventes, fio dental, cotonetes), o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer. Leva 20 segundos. A ideia veio do origami, que ensina essa dobradura como um copo. Em tamanho aumentado, feito de folhas de jornal, o copo cabe perfeitamente na maioria dos lixinhos de pia e banheiro que existem por aí. Veja:Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. Tudo no origami começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado.
Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo, mantendo a base para baixo.
Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda.
Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar.
Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda, e você terá a seguinte figura:
Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro.
Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação.
Se tudo deu certo, essa é a cara final da dobradura:
Abrindo a parte de cima, eis o saquinho!
É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!
Que tal?
Pode parecer complicado vendo as fotos e lendo as instruções, mas faça uma vez seguindo o passo a passo e você vai ver que depois de fazer um ou dois você pega o jeito e a coisa fica muito muito simples. Daí é só deixar vários preparados depois de ler o jornal de domingo!"

Fonte: E-mail recebido.

07/06/2011

"Como pintar um pássaro"

Pinte primeiro uma gaiola
com a porta aberta.
Em seguida pinte
alguma coisa graciosa,
alguma coisa simples,
alguma coisa bonita,
alguma coisa útil...
ao pássaro.
Depois, coloque a tela contra uma árvore
no jardim,
no bosque
ou na floresta
e esconda-se
atrás da árvore
sem dizer nada, sem se mexer.
Às vezes o pássaro chega logo,
mas pode levar muitos, muitos anos
até se resolver.
Não desanime,
espere.
Espere, se preciso, durante anos.
A velocidade ou a lentidão da chegada
do pássaro, não tem a menor relação
com a qualidade da pintura.
Quando ele chegar
(se chegar)
mantenha o mais profundo silêncio,
espere que ele entre na gaiola.
Depois que entrar,
feche lentamente a porta com o pincel.
Aí então
apague uma por uma todas as varetas.
(Cuidado para não esbarrar em nenhuma pena
do pássaro.)
Finalmente pinte a árvore,
reservando o mais belo de seus ramos
ao pássaro.
Pinte também a verde folhagem e a doçura do
vento,
a poeira do sol,
o rumorejo dos bichinhos da relva no calor da
estação.
Depois aguarde que o pássaro se decida a
cantar.
Se ele não cantar,
mau sinal:
sinal de que o quadro não presta.
Mas bom sinal, se ele canta:
sinal de que você pode assinar o quadro.
Então retire suavemente
uma pena do pássaro
e escreva o seu nome a um canto do quadro.

Jacques Prévert
Tradução-Homenagem: Carlos Drummond de Andrade


06/06/2011

Minicontos - Iniciação

Ousei-me a escrever, o que chamo aqui de minicontos. Espero que não esteja fazendo muitas "trapalhadas", rs.

Tragédia anunciada
Sheila Revert

Montanhas, paraíso, construção de casas
(Tromba d'água)
E casas invadiram o quintal do rio!

Intocável
Sheila Revert

Início de vida
Amor platônico.
E aquele amor que nunca se concretizou!


Miniconto

Miniconto, ou microconto, ou nanoconto, é uma espécie de conto muito pequeno, produção esta que tem sido associada ao minimalismo. Embora a teoria literária ainda não reconheça o miniconto como um gênero literário à parte, fica evidente que as características do que chamamos de miniconto são diferentes das de um "conto pequeno". No miniconto muito mais importante que mostrar é sugerir, deixando ao leitor a tarefa de "preencher" as elipses narrativas e entender a história por trás da história escrita.

O guatemalteco Augusto Monterroso é apontado como autor do mais famoso miniconto, escrito com apenas trinta e sete letras:

Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.

Assim como o estadunidense Ernest Hemingway é autor de outro famoso miniconto. Com apenas vinte e seis letras, mas por trás das quais há toda uma história de tragédia familiar:

Vende-se: sapatos de bebê, sem uso.

O número de letras é importante mas não rígido, normalmente sendo atribuído pelos autores ou organizadores de determinada antologia, e naturalmente divulgados na mesma. Marcelino Freire publicou em 2004 a obra Os cem menores contos do século, em que desafiou cem escritores a produzir contos com no máximo 50 letras, por exemplo.

Uma das definições de microconto estabelece o limite de 150 caracteres (contando letras, espaços e pontuação) para permitir seu envio através de mensagens SMS (torpedos) pelo celular, evidenciando uma das características do microtexto, que é sua ligação com as novas tecnologias de infomação e comunicação.

No Brasil, o livro Ah,é? 1994, de Dalton Trevisan, é considerado o ponto de partida do miniconto no seu formato contemporâneo. Também se destaca João Gilberto Noll que apresenta obras voltadas para o tema.

Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Miniconto