07/08/2010

Saracurinha três potes

Cândido Canela / Téo Azevedo


Saracurinha três-potes, bonita e voa serena

Cantora do meu sertão, saudade feita de pena

É o relógio sertanejo quando a tarde vai morrendo

Despertar da madrugada quando o dia vem nascendo.


Seu canto tem a mistura, alegria e tristeza,

A flauta que Deus lhe deu pelas mãos da natureza

À tardinha ela canta junto a ave-maria

Ai, outra vez nos encanta quando vem rompendo o dia.


Saracurinha três-potes dueto concerto alado

Saudade feita de pena lembrança do meu passado

És a rainha do brejo, de coração e garganta,

Um lírio da madrugada, a flor cheirosa que canta.


És a princesa das águas, trovando quando ela voa,

Pondo um pouco de alegria, nas tristezas da Alagoa.

És a ternura da tarde, quando a noite vem chegando,

A lagartinha de fogo, os pirilampos voando.


À noite canta o curiango, joão-corta-pau no cerrado,

Pulando a beira da estrada, cantando de lado a lado.

És a manhã de orvalho, de sol mansinho beijada,

Abrindo a boca ainda quente dos beijos da madrugada.

In: descortinandoasletras.blogspot.com

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Veja letra da música Ternos pingos de saudade de Cândido Canela/ Música Téo Azevedo em:

http://descortinandoasletras.blogspot.com/2010/08/ternos-pingos-de-saudade_05.html

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