29/08/2010

"Festas de agosto" - Sheila Revert



























Fotos gentilmente cedidas por Alexsandro Leite.

Mês de agosto.
Mês que chega com gosto de arroz com pequi e desfiles aos santos.
É tradição!
É ventania!
É inspiração!
São os "causos"!
É Centenário de Cândido Canela!
São os caboclinhos, marujadas, catopês!
É Folclore:
Tradição do povo!

Veja FOTO e alguns POEMAS de Cândido canela em:

16/08/2010

Vídeo "Rebenta Boi" - Voz: Sheila Revert
























Foto: planta rebenta boi.

Rebenta Boi

Cândido Canela

Na bêra dum curral véio
Sozinha, disconsolada,
Floréce o Rebenta- Boi
Nas taperinha largada.
Vancês cunhece esta fruita,
De pé rasteiro no chão?
- É a mais bela de todas
Nas terra do meu sertão.

Ninguem, apois, lhe percura,
É fruita qui não se come.
Pur isto véve isquicida
No pensamento dos home.
Mais, porém, Rebenta-Boi,
Tem fermusura e beleza,
Tombem foi feita pro Deus,
Num bejo da Natureza.

Mesmo iscrava do distino,
Largada, sem proteção,
Rebenta-Boi inda é
A mais béla do sertão!
Tem o marelo do sol,
O verde dos matagal,
O azul, formando as cores
Da Bandêra Nacional!...



07/08/2010

Saracurinha três potes

Cândido Canela / Téo Azevedo


Saracurinha três-potes, bonita e voa serena

Cantora do meu sertão, saudade feita de pena

É o relógio sertanejo quando a tarde vai morrendo

Despertar da madrugada quando o dia vem nascendo.


Seu canto tem a mistura, alegria e tristeza,

A flauta que Deus lhe deu pelas mãos da natureza

À tardinha ela canta junto a ave-maria

Ai, outra vez nos encanta quando vem rompendo o dia.


Saracurinha três-potes dueto concerto alado

Saudade feita de pena lembrança do meu passado

És a rainha do brejo, de coração e garganta,

Um lírio da madrugada, a flor cheirosa que canta.


És a princesa das águas, trovando quando ela voa,

Pondo um pouco de alegria, nas tristezas da Alagoa.

És a ternura da tarde, quando a noite vem chegando,

A lagartinha de fogo, os pirilampos voando.


À noite canta o curiango, joão-corta-pau no cerrado,

Pulando a beira da estrada, cantando de lado a lado.

És a manhã de orvalho, de sol mansinho beijada,

Abrindo a boca ainda quente dos beijos da madrugada.

In: descortinandoasletras.blogspot.com

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Veja letra da música Ternos pingos de saudade de Cândido Canela/ Música Téo Azevedo em:

http://descortinandoasletras.blogspot.com/2010/08/ternos-pingos-de-saudade_05.html

05/08/2010

Ternos pingos de saudade

Letra: Cândido Canela

Música: Téo Azevedo

Ternos pingos de saudade

Lampejos do coração

Pedaços de lua cheia

Caindo pela amplidão.


Ternos pingos de saudade

Viola feita em canção

Pôr de um sol amortecido

Tardes mortas do sertão.


Arrulho da pomba rola

E o triste do jaó

Da zabelê

E das catingas

E do inhambu chororó.


Do canto da mãe da lua

Da inhuma triste choreira

Do caburé lamentando

Na fronde

Da gameleira.


Ternos pingos de saudade

Noite alta

Céu brilhante.

Relinchar de um potro ao longe

Cantar de um galo distante.


Ternos pingos de saudade

Saudade que não consola

Batucada sertaneja

No pontear da viola.


Ternos pingos de saudade

Juventude que se foi

Triste canto da madrugada

De um velho carro de boi.


Gemer de um engenho ao longe

Moendo chorando à toa

Qual a voz de um cururu

Bem distante na lagoa.


In: descortinandoasletras.blogspot.com


Com este poema/música, os autores participaram de concurso musical, a nível nacional, da Rádio Record de São Paulo, sendo classificados em primeiro lugar geral.


Para ouvir Ternos pingos de saudade na voz de Jackson Antunes, vá em: http://paraisosertanejo.blogspot.com e clique em - Marcadores - Téo Azevedo e convidados (1º Encontro de Violeiros- Brasil com S - Faixa 5).